Na última sessão da Câmara Municipal de Mauriti, um projeto de lei de iniciativa do Poder Executivo propôs a suspensão da concessão da licença-prêmio aos servidores públicos municipais. O benefício, tradicionalmente concedido a quem completa cinco anos de serviço contínuo, com no máximo três faltas injustificadas e sem afastamentos, poderá ser eliminado caso o texto seja aprovado.
A proposta causou forte reação entre os servidores, que veem na medida uma afronta aos direitos conquistados ao longo dos anos. A licença-prêmio, segundo representantes do funcionalismo, representa mais do que um tempo de descanso: é uma forma de reconhecimento pela dedicação e pelos critérios rigorosos que envolvem sua concessão.
Durante a sessão, o vereador Lata de Guerreiro foi o único parlamentar a se posicionar abertamente contra o projeto. Em discurso contundente, classificou a iniciativa como uma “covardia” e fez duras críticas à administração municipal. “Estamos tratando de profissionais que se doam diariamente, muitos deles professores que enfrentam salas de aula lotadas, falta de recursos e uma rotina exaustiva. Retirar esse direito é desrespeitar a história desses trabalhadores”, afirmou.
Lata ainda tentou barrar o avanço da proposta solicitando vistas do projeto e apelando ao apoio dos demais vereadores. No entanto, com a maioria da Casa aliada ao prefeito, a possibilidade de reverter o cenário é considerada remota.
Servidores organizam mobilizações para pressionar os vereadores e esperam que a população compreenda o impacto da medida. “Não se trata de um privilégio, mas de uma justa compensação por anos de dedicação à cidade”, declarou uma servidora que preferiu não se identificar.
Por: Redação Caririensi