O Crato em Chamas — Zé Ailton x Aloísio, a disputa que não apaga(OPINIÃ)

A política do Crato parece viver em um eterno segundo turno. Mesmo após o fim das eleições, o embate entre o ex-prefeito Zé Ailton Brasil (PT) e o médico Dr. Aloísio Brasil (União Brasil) continua aceso — e, ao que tudo indica, o fogo está longe de se apagar.

Durante uma entrevista a uma rádio local, Aloísio voltou a mirar suas críticas contra a gestão do atual prefeito André Barreto (PT), aliado político de Zé Ailton. O médico não economizou nas palavras: falou em uso do poder econômico durante a campanha, criticou a reforma da PreviCrato — que, segundo ele, representaria um prejuízo aos servidores — e ainda denunciou uma suposta atuação política de um juiz em favor do PT nas eleições de 2024.

Mas Aloísio foi além: comentou sobre uma fakenews que teria circulado durante a campanha, atingindo seu candidato a vice, Zé Adega, acusado falsamente, segundo ele, de envolvimento em um assassinato. O tom da entrevista foi de indignação e desafio — um recado direto ao grupo petista que hoje comanda o Crato.

Do outro lado, Zé Ailton não deixou barato. Em suas redes sociais, o ex-prefeito reagiu, afirmando que Aloísio “não aceita a derrota” e estaria adotando uma postura de “ameaças e intimidação” contra os adversários. A troca de farpas expôs o que todo cratense já percebeu há tempos: o embate entre os “Brasis” é mais do que uma disputa política — é uma verdadeira guerra de narrativas.

Enquanto o povo do Crato tenta respirar entre uma polêmica e outra, os bastidores continuam fervendo. De um lado, Aloísio se coloca como voz da oposição e promete fiscalizar com rigor a atual gestão; de outro, Zé Ailton defende o legado de seu grupo político e tenta manter a base unida sob a liderança de André Barreto.

No meio desse fogo cruzado, o Crato observa — dividido, cansado, mas atento. Afinal, por trás de cada crítica e resposta pública, há um jogo de forças que já começa a desenhar o cenário para as próximas eleições. E, como se diz por lá, “no Crato, política boa é política quente”.

E quente, convenhamos, ela está.

Por: Karol Matos – Política de A a Z

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