Juazeiro do Norte se destaca em gestão fiscal e vira referência no Cariri, aponta Firjan

O Índice Firjan de Gestão Fiscal (IFGF) 2024, divulgado pela Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan), revelou que Juazeiro do Norte é a única cidade do Cariri a se destacar positivamente em gestão fiscal. Entre os 29 municípios da região, apenas Juazeiro alcançou conceito B, classificado como de boa gestão, enquanto todas as demais cidades ficaram em situação de dificuldade ou crítica.

De acordo com o levantamento, 18 prefeituras caririenses arrecadaram apenas o suficiente para custear as despesas mínimas da administração pública, como salários de prefeitos e vereadores, e receberam nota zero no critério de autonomia.

O índice avalia as contas municipais em quatro aspectos: gastos com pessoal, investimentos, liquidez e autonomia. Este último é considerado determinante, pois mede a capacidade de os municípios custearem suas despesas básicas com recursos da própria arrecadação.

Juazeiro do Norte obteve desempenho acima da média regional, com nota entre 0,6 e 0,8, faixa que corresponde ao conceito B. Com isso, a cidade garantiu a 9ª colocação no Ceará e a 1.961ª posição no ranking nacional.

O resultado é visto como reflexo da atual gestão municipal, conduzida pelo prefeito Glêdson Bezerra, que tem priorizado o equilíbrio fiscal e o controle dos gastos públicos. Segundo especialistas, os números evidenciam um esforço da administração em manter as contas ajustadas, contrastando com o cenário do restante do Cariri, onde todos os demais municípios receberam conceitos C (gestão em dificuldade, nota entre 0,4 e 0,6) ou D (gestão crítica, abaixo de 0,4).

Entre os municípios em situação crítica estão Abaiara, Altaneira, Antonina do Norte, Araripe, Aurora, Barro, Campos Sales, Cariús, Caririaçu, Farias Brito, Granjeiro, Jardim, Lavras da Mangabeira, Milagres, Porteiras, Potengi, Salitre, Santana do Cariri e Tarrafas.

Para Jonathas Goulart, gerente de estudos econômicos da Firjan, o cenário desigual evidencia a necessidade de rever os critérios de distribuição de recursos. “Entre os principais pontos que precisam ser considerados estão justamente os critérios de repasse, que devem ser revistos para incluir regras que incentivem os municípios a ampliar sua arrecadação própria”, destacou.

Por: Redação Caririensi

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