O presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos), determinou o indeferimento do nome de Eduardo Bolsonaro (PL) como líder da minoria na noite de segunda-feira (22). A decisão veio no mesmo dia em que a Procuradoria-Geral da República (PGR) denunciou o deputado e o influenciador Paulo Figueiredo por coação em processo judicial. Ambos estão nos Estados Unidos, onde negociam sanções contra autoridades brasileiras.
Eduardo agora poderá ser cassado por faltas, caso atinja o limite de ausências sem justificativa. O prazo para isso deve ser completado em outubro. O Conselho de Ética da Câmara deve abrir, na tarde desta terça-feira (23), um processo disciplinar que poderá antecipar sua cassação.
O PL, liderado pelo deputado federal Sóstenes Cavalcante (RJ), havia oficializado a indicação de Eduardo como líder da Minoria junto à Mesa Diretora da Casa na terça-feira (16) com o objetivo de evitar a perda do mandato.
No âmbito judicial, o procurador-geral da República, Paulo Gonet, argumentou que o parlamentar desempenhou papel central no plano de coagir o Supremo Tribunal Federal (STF). Segundo a denúncia da PGR, Eduardo estaria trabalhando contra o Brasil para tentar inocentar o pai, Jair Bolsonaro.
“Os denunciados empenharam-se, de forma reiterada, em submeter os interesses da República e de toda a coletividade aos seus próprios desígnios pessoais e familiares”, disse o parecer da PGR.
Por: Redação Caririensi