Altaneira amanheceu nesta segunda-feira (29) sem a coleta de lixo domiciliar, após o fim do contrato com a empresa responsável pela limpeza urbana. Até o momento, a gestão da prefeita Késia Alcântara (PT) não apresentou uma solução para garantir a continuidade do serviço, considerado essencial para a saúde pública e o bem-estar da população.
Segundo dados do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS), cerca de 79,62% da população altaneirense é regularmente atendida pela coleta. O Censo 2022 mostra um percentual ainda maior: 91,12% dos moradores têm o lixo recolhido de forma sistemática. O restante precisa adotar alternativas precárias, como queimar, enterrar ou descartar resíduos em terrenos baldios — práticas que podem causar sérios danos ao meio ambiente e riscos à saúde.
Com a interrupção, o cenário já preocupa moradores. O acúmulo de resíduos em diferentes pontos da cidade pode atrair vetores de doenças e agravar problemas de saúde pública. “A gente paga impostos e não tem um serviço básico garantido. É um descaso enorme da gestão”, desabafou uma moradora da sede do município.
No portal oficial da Prefeitura, ainda consta um cronograma de coleta, que prevê a realização do serviço às segundas, quartas e sextas-feiras na sede, e em dias determinados na zona rural. No entanto, sem empresa contratada, a programação deixou de ser cumprida.
A ausência de planejamento da gestão Késia Alcântara expõe a população a uma situação de vulnerabilidade. O lixo acumulado não é apenas um problema estético: representa risco sanitário, impacto ambiental e uma afronta ao direito da população de viver em uma cidade limpa e saudável.
Enquanto a prefeitura permanece em silêncio, a cobrança por uma resposta imediata cresce entre os moradores. Resta saber se a gestão municipal vai agir com responsabilidade para evitar que Altaneira mergulhe em uma crise maior de saúde pública e degradação urbana.
Por: Redação Caririensi
