No domingo (21), ocorreu a 25ª edição da Romaria do Caldeirão da Santa Cruz do Deserto, no Crato. A peregrinação ao sítio onde viveu o beato José Lourenço trouxe como tema “Jubileu das Comunidades Eclesiais de Base – CEBs” e o lema “Peregrinos de esperança por uma terra sem males“. O momento é considerado um espaço de resistência cultural, celebração religiosa e reflexão sobre a partilha coletiva.
Durante a programação, houve momentos de acolhida e apresentações artísticas. O prefeito André Barreto participou do evento, assim como a secretária de Cultura, Fabiana Vieira, e apoiadores da romaria ligados ao Executivo municipal. O professor Sandro Leonel, bisneto de Severino Tavares, trabalha na preservação do Caldeirão. Ele afirma que foi enviado por Padre Cícero para auxiliar o beato Zé Lourenço na experiência comunitária.
“A força do local se dava através da liberdade. O trabalho de Severino era chamar as pessoas para que pudessem viver em paz no ideário do Caldeirão“, disse Leonel.
De acordo com o professor, esse movimento, profundamente ligado à mensagem de Cristo, despertou tanto devoção quanto incompreensão, mobilizando pesquisadores e inspirando obras que já ultrapassaram fronteiras. Leonel lembrou da produção do documentário Caminhos do Caldeirão – a diáspora, trilogia em andamento viabilizada pela Lei Paulo Gustavo. Além disso, destacou a realização de uma exposição, prevista para outubro, no Centro Cultural do Araripe, no Largo da RFFSA.
Na dimensão espiritual da romaria a Irmã Cidinha, da Congregação de Nossa Senhora Cônegas de Santo Agostinho e em missão em Goiânia há mais de uma década, participou do evento.
“Vim para a Romaria de Nossa Senhora das Dores e estendi minha caminhada até o Caldeirão do beato Zé Lourenço. Aqui encontramos a história da luta que acreditamos: onde podemos ter uma vida sem males e justiça para todos“, afirmou.
Por: Redação Caririensi