Segundo o último censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) de 2022, todos os municípios do Cariri contam com pessoas que se autodeclaram indígenas. Porém, nenhum deles possui terras oficialmente delimitadas, ou seja, que tiveram seus processos de demarcação finalizados ou reconhecidos pela Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai), fato que impacta negativamente na adoção de políticas públicas às quais essa população tem direito por lei, voltadas para educação, saúde, moradia, saneamento e acesso à terra.
No Crato, 155 famílias integram a Associação dos Índios Cariri do Poço Dantas Umari, um dos territórios indígenas mais lembrados da região. A Funai já reconheceu o território como indígena, porém o processo de demarcação ainda está caminhando. A primeira menção sobre o território enviada à fundação foi em 1989, mas os documentos para a demarcação só foram expedidos pelos Cariri de Poços Dantas Umari em 2008.
Atualmente, são 1.200 pessoas indígenas no Cariri, tendo sua maior concentração no Crato, com 353, seguido por Juazeiro do Norte, 351, e Jardim, com 121. Os menores quantitativos são em Altaneira, Granjeiro, Jati e Potengi, com 1 pessoa, além de Tarrafas e Várzea Alegre, ambas com 2 pessoas. No Instagram, o projeto Retomada Kariri busca conectar os descendentes com as tradições ancestrais indígenas da região.
Por: Redação Caririensi