Juazeiro do Norte, um dos municípios mais influentes do Ceará, comemora seus 113 anos de emancipação política nesta segunda-feira, 22. Situada na região do Cariri, a cidade abriga cerca de 286 mil habitantes, conforme o último censo do IBGE, sendo a terceira mais populosa do estado e a vigésima na região Nordeste.
A história das cidade nos leva ao ano 1911, quando a antiga vila de Tabuleiro Grande se emancipou de sua cidade-mãe, Crato. A nova cidade foi batizada de Joaseiro, em homenagem às árvores típicas da região, com o Padre Cícero Romão Batista sendo eleito seu primeiro prefeito.
No dia 22 de julho de 1911, a emancipação foi formalizada através da lei nº 1.028, e a vila passou a se chamar Juazeiro. Três anos depois, em 23 de julho de 1914, a Lei Estadual nº 1.178 elevou Juazeiro à categoria de cidade. Em 30 de dezembro de 1943, pelo Decreto Estadual nº 1.114, o município adotou seu nome atual, Juazeiro do Norte.
O milagre
A história de Juazeiro do Norte é marcada por eventos extraordinários, como o Milagre da Hóstia. Em 1.º de março de 1889, durante uma missa, a hóstia ministrada pelo Padre Cícero à beata Maria de Araújo teria se transformado em sangue. Este fenômeno, que se repetiu várias vezes ao longo de dois anos, atraiu milhares de fiéis e consolidou a fama de Padre Cícero como uma figura milagrosa.
A sedição
Outro capítulo transformador na história do município é a Sedição de Juazeiro. Em 4 de outubro de 1911, Padre Cícero e dezesseis líderes políticos locais firmaram um pacto de cooperação, conhecido como Pacto dos Coronéis, em apoio ao governador Antônio Pinto Nogueira Accioli. Este evento é um marco na história do coronelismo no Brasil.
Efervescência cultural
Juazeiro do Norte é um centro cultural vibrante. Uma pesquisa realizada pela UFRJ em 2009 revelou que a cidade tem a maior população envolvida em atividades culturais no Brasil. O município abriga 72 grupos de cultura popular registrados na Secretaria de Cultura do Estado, destacando-se como um caldeirão de manifestações artísticas e tradições.
Por: Redação Caririensi
