Papa Leão XIV enfrenta acusações de acobertamento de abuso sexual no Peru

Menos de 24 horas após sua eleição, o Papa Leão XIV (Robert Francis Prevost) se vê no centro de uma polêmica, com sérias acusações de acobertamento de casos de abuso sexual ocorridos durante seu período como bispo da Diocese de Chiclayo, no Peru.

Três irmãs alegam terem sido vítimas de abuso sexual por dois padres entre 2006 e 2010, quando tinham entre 10 e 14 anos de idade. As vítimas afirmam que informaram o então bispo Prevost sobre os abusos em 2020, mas ele teria se omitido, falhando em abrir uma investigação formal e permitindo que os padres continuassem atuando.

A Diocese de Chiclayo, por sua vez, nega as acusações de acobertamento. Segundo a diocese, Prevost só tomou conhecimento formal das denúncias em abril de 2022, momento em que teria aplicado medidas cautelares aos acusados e encaminhado o caso ao Dicastério para a Doutrina da Fé em julho do mesmo ano. A diocese afirma ainda ter oferecido apoio psicológico às vítimas e as orientado a denunciar os abusos às autoridades civis.
As vítimas, no entanto, contestam a versão da diocese, alegando falta de esforços para responsabilizar os abusadores e denunciando represálias, incluindo a demissão de seu advogado. As acusações levantam questionamentos sobre a escolha do conclave e o compromisso da Igreja Católica com o combate ao abuso sexual.

O Papa Leão XIV, que em seu primeiro pronunciamento defendeu transparência e justiça, ainda não se pronunciou publicamente sobre o caso. A comunidade católica e a opinião pública aguardam um posicionamento do novo pontífice diante das graves acusações.

 

Por: Redação Caririensi

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