A Polícia Federal (PF) indiciou, na última segunda-feira, dia 14, o atacante Bruno Henrique, do Flamengo, por envolvimento em um esquema de apostas esportivas que teria manipulado resultados e eventos durante partidas do Campeonato Brasileiro. Além do jogador, outras dez pessoas foram indiciadas por fraude em competição esportiva e estelionato.
De acordo com as investigações, Bruno Henrique teria sido instruído a forçar um cartão amarelo na partida contra o Santos, em 2023, como parte de um esquema criminoso que visava lucrar com apostas. A prova mais contundente veio de mensagens encontradas no celular de seu irmão, Wander Nunes Pinto Júnior, também envolvido nas investigações.
Em um diálogo datado de 29 de agosto, Wander pergunta ao atacante se ele estava com dois cartões amarelos acumulados no Brasileirão. Bruno Henrique confirma e, em seguida, revela que o terceiro cartão viria na partida contra o Santos, marcada para o dia 29 de outubro. O tom das mensagens, carregado de insinuações e brincadeiras, sugere que o jogador já havia planejado a punição. “Não vou reclamar. Só se eu entrar forte em alguém”, escreveu Bruno Henrique, sinalizando uma possível intenção deliberada de ser advertido em campo.
Wander, por sua vez, responde com empolgação: “Boua, já vou guardar o dinheiro. Investimento com sucesso”.
Os agentes da PF analisaram cerca de 3.989 conversas no WhatsApp do jogador, mas muitas delas estavam vazias ou haviam sido apagadas, o que levanta suspeitas de tentativa de ocultação de provas. As mensagens recuperadas do celular do irmão, no entanto, foram consideradas fundamentais para o indiciamento do atleta.
Bruno Henrique e os demais envolvidos agora devem responder judicialmente pelas acusações. O Flamengo, até o momento, não se pronunciou oficialmente sobre o caso.
Por: Redação Caririensi