IML identifica 60 dos 62 mortos na queda do avião da Voepass; investigações avançam

O Instituto Médico Legal (IML) de São Paulo já identificou 60 das 62 vítimas fatais do acidente aéreo com o avião da VoePass ocorrido em Vinhedo, no interior de São Paulo, na última sexta-feira, 09. Segundo a atualização mais recente divulgada na noite da quarta-feira, 14, os trabalhos de identificação estão sendo conduzidos por uma força-tarefa do IML Central da capital paulista. Entre as vítimas, 30 corpos já foram liberados para que os familiares possam realizar os enterros.

A maioria das identificações foi realizada através da coleta de digitais e reconhecimento por parte de parentes das vítimas. Até o momento, dois corpos ainda não foram identificados, e outros dez permanecem em processo de identificação, que envolve mais de 40 profissionais das áreas de odontologia legal, antropologia e radiologia.

Traslado

Na manhã desta quarta-feira, 14, três vítimas foram transportadas pela Força Aérea Brasileira (FAB) em urnas funerárias. O translado foi realizado pela aeronave C-105 Amazonas, que decolou da Base Aérea de São Paulo com destino ao aeroporto de Cascavel, no Paraná.

As investigações sobre as causas do acidente continuam em andamento. Na segunda-feira, 12, o Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) concluiu a primeira etapa da investigação, que consistiu na coleta de informações no local do acidente. Agora, inicia-se a análise de dados, e um relatório preliminar deve ser divulgado em 30 dias.

A principal hipótese para o acidente é uma falha no sistema anticongelamento da aeronave ATR-72, que teria causado o acúmulo de gelo nas asas, resultando na perda de controle por parte do piloto. O avião caiu verticalmente, em um movimento conhecido como “parafuso chato”, e explodiu ao atingir o solo, provocando um incêndio.

Pronunciamento da VoePass

Na terça-feira, 13, o presidente e cofundador da VoePass, comandante Felício, fez sua primeira declaração pública sobre o acidente.

“Gostaria de reafirmar aqui. Sou piloto há mais de 30 anos e hoje o comandante mais antigo desta empresa. Vim de uma origem de transportadores e desde que assumi a presidência desta empresa, em 2004, sempre construí uma base com diretrizes sólidas e sempre pautadas pelas melhores práticas internacionais para garantir a segurança operacional de todos. A vida de nossos passageiros, assim como a dos nossos tripulantes, sempre foi e continuará sendo nossa prioridade número um”, declarou.

 

Por: Redação Caririensi

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