Uso de preservativos cai 22,3% em uma década, aumentando o risco de doenças e gravidez precoce entre adolescentes
Os adolescentes brasileiros estão enfrentando um preocupante aumento na iniciação sexual precoce, enquanto o uso de preservativos está em declínio, de acordo com uma pesquisa realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em parceria com o Ministério da Saúde e o Ministério da Educação. Os resultados da Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar (PeNSE) revelaram que quase 30% dos adolescentes entre 13 e 15 anos já iniciaram a vida sexual, enquanto o uso de preservativos diminuiu 22,3% nos últimos 10 anos.
A pesquisa revelou uma tendência preocupante de queda na proteção à saúde entre adolescentes, levantando sérias preocupações entre especialistas na área da saúde. A iniciação sexual precoce pode resultar em gravidez indesejada e aumenta o risco de Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs).
Os dados mostraram que o percentual de escolares que usaram preservativo na última relação sexual diminuiu de 69,1% em 2009 para 53,5% em 2019. Sem proteção, os adolescentes se tornam mais suscetíveis a ISTs como gonorreia, clamídia, HPV, sífilis, HIV, herpes, entre outras. Cerca de 35% dos adolescentes admitiram nunca usar preservativos em suas relações sexuais.
A pesquisa mostrou que, historicamente, os meninos têm uma taxa maior de iniciação sexual em comparação com as meninas, mas o número de meninas que iniciam a vida sexual mais cedo aumentou significativamente nos últimos anos. Isso preocupa os médicos, pois envolve o risco de gravidez na adolescência e o aumento das ISTs.
Além da queda no uso de preservativos, a pesquisa também revelou uma diminuição no uso de outros métodos contraceptivos, caindo de 79,6% para 69,6%. Os especialistas enfatizam a importância da educação sexual adequada e do acompanhamento médico para adolescentes que iniciam a vida sexual.
A campanha “#VemProUro” da SBU tem como objetivo incentivar os meninos adolescentes a procurarem um médico assim que entram na puberdade, independentemente da especialidade, para receber orientação sobre sua saúde sexual e prevenção de doenças.
Por: Redação Caririensi