A decisão baseia-se em análises técnicas realizadas pelo Ministério de Minas e Energia

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O horário de verão foi extinto em 2019 durante o governo de Jair Bolsonaro (PL). Desde então, a discussão sobre a sua retomada tem surgido esporadicamente, e em 2022, após vencer a eleição presidencial, o presidente Lula insinuou a possibilidade de reintroduzi-lo. No entanto, as análises técnicas recentes indicam que essa medida não é necessária neste momento.
De acordo com o MME, as condições energéticas do Sistema Interligado Nacional (SIN) para o ano de 2023 são consideradas seguras, com reservatórios de água operando acima de 70% da capacidade, e alguns deles beirando os 90%. Esse nível de armazenamento é confortável mesmo considerando o período de seca e a recuperação gradual dos reservatórios.
Uma das razões para a estabilidade no fornecimento de energia é o crescimento significativo da geração de energia eólica e solar nos últimos anos. Essas fontes de energia renovável já respondem por quase 25% da matriz elétrica nacional, segundo o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS). No entanto, a expansão das energias renováveis tem impulsionado a demanda por energia elétrica durante o turno da noite, o que também foi considerado pelos técnicos do MME.
Além disso, o aumento da micro e minigeração distribuída a partir de fontes solares tem levado a um aumento no consumo noturno, uma vez que a autogeração ocorre apenas durante o dia, quando há luz solar disponível. O Ministério de Minas e Energia afirma que a adoção do horário de verão poderia contribuir para reduzir esse aumento no consumo noturno.
Por: Redação Caririensi