Embora os dados sejam alarmantes, pode ser ainda pior
Imagem: Reprodução/ Redes Sociais
Nesta quinta-feira, 20 foram divulgados dados do Anuário Brasileiro da Segurança Pública, o Ceará é o estado que mais mata a população LGBTQIA+ no Brasil. As informações são em comparação aos homicídios e lesões corporais registrados no ano de 2022, que registraram 163 homicídios. No ano anterior, o número foi de 31.
Desde 2007 o anuário faz o levantamento por por base dados e indicadores oficiais. No entanto três estados não informaram sobre os crimes contra pessoas LGBTQIA+ no documento: Acre, Bahia, Maranhão, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e São Paulo.
O crime de lesão corporal também é registrado no levantamento, 435 casos foram registrados em 2022, o que indica o aumento de 28% em relação a 2021, quando houve 339 casos de agressões físicas. Além das lesões, há o registro dos casos de estupro que na contramão, houve 27% de queda.
As pessoas trans e travestis continuam vive caindo os desafios e perigos que suas existências carregam. De acordo com Paula Costa, presidente da Associação de Travestis e Mulheres
Transexuais do Ceará (Atrac) “A gente sempre está na luta cobrando essas políticas públicas, que sejam efetivas e que saiam do papel. E que a justiça seja feita, para que esses agressores não fiquem impunes”
Um dos casos mais chocantes foi o assassinato brutal de Dandara no Ceará, morta pedradas e tiros em 2017. Evidenciando que pessoas trans e travestis seguem sendo vítima de preconceito, ódio e violência.
Embora os dados sejam alarmantes, pode ser ainda pior, já que nem todo caso é registrado oficialmente, são conhecidas como subnotificação. Os dados oficiais muitas vezes divergem dos dados que a entidades da sociedade civil conseguem, assim o número pode ser bem maior.
A importância de ter os números próximos á realidade, traz o real cenário que a violência característica contra a população LGBTQIA+ sofre. Assim como pode ser ponto de partida para políticas públicas voltadas à diminuição da violência e dignidade e cidadania as pessoas.
Por: Redação Caririensi