A luta pelo piso salarial dos servidores da Prefeitura do Crato parece não ter fim. Na última semana, os profissionais da educação do município se revoltaram contra o gestor, Zé Ailton Brasil (PT) que, até então, não havia anunciado nenhum reajuste. Além dos professores, demais profissionais também expressam indignação.
Imagem: Reprodução/ Redes Sociais
Agência Caririensi
Conforme os professores, houve uma reunião com o prefeito, na primeira quinzena de janeiro deste ano e, na ocasião, foi entregue um ofício com solicitação de reajuste salarial destes, além da atualização do piso salarial dos Agentes Comunitários de Saúde (ACS) e Agentes de Combate às Endemias (ACE), confirme a lei do piso salarial dessas categorias. Ainda de acordo com os professores, ficou acordado que, após um recesso de 10 dias, Zé Ailton se pronunciaria.
Contudo, não houve comunicação como havia sido acordado, e os professores foram às ruas, na terça-feira (14), manifestar seus direitos. Somente na sexta-feira (17), após viagem, Zé Ailton fez um pronunciamento. Através das redes sociais, a Prefeitura do Crato informou que, seguindo a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), fará o reajuste em 5,93% de todas as categorias dos servidores municipais, porém, uma parte será paga no final de fevereiro e, a outra, só em setembro e sem retroativo.
Imediatamente, decisão do executivo cratense gerou críticas e revolta, incluindo, ameaça de greve. Professores afirmam que não aceitarão a proposta, “não vamos aceitar esse absurdo. Pagar em dia não é nenhum favor e, sim, obrigação”, disse uma educadora. Já os profissionais da saúde, especificamente, médicos e dentistas, também denunciam que não há um verdadeiro cumprimento do piso salarial da categoria. “Negam a insalubridade devida”, salienta um médico.