O deputado federal Júnior Mano (PL-CE), investigado em um dos maiores escândalos recentes envolvendo o chamado “orçamento secreto” e as “emendas Pix”, voltou a protagonizar polêmica em Brasília. O parlamentar, que agora tenta se lançar como candidato ao Senado pelo Ceará, votou a favor da PEC da Blindagem, proposta que dificulta investigações e processos criminais contra deputados e senadores.
A decisão do deputado levanta fortes críticas, sobretudo pelo seu histórico político. Júnior Mano já foi citado em apurações da Polícia Federal e do Ministério Público sobre suposto uso irregular de recursos públicos em esquemas milionários de emendas parlamentares, conhecidas como “emendas Pix”, utilizadas sem transparência e com alto risco de desvio de verba.
Especialistas e opositores acusam o deputado de legislar em causa própria ao apoiar a PEC, considerada por juristas como um retrocesso democrático. Para críticos, a proposta cria uma espécie de manto de impunidade para políticos que já enfrentam questionamentos na Justiça.
Vale lembrar que o nome de Júnior Mano já esteve ligado a outros escândalos de corrupção e uso suspeito de recursos públicos. Mesmo assim, ele tenta ampliar seu espaço político e agora busca ocupar uma cadeira no Senado.
A votação da PEC da Blindagem reforça a imagem de um Congresso mais preocupado em proteger seus próprios integrantes do que em prestar contas à sociedade. No caso de Júnior Mano, o voto é visto como um símbolo do distanciamento entre a classe política e a população, que segue enfrentando problemas reais como desemprego, saúde precária e falta de investimentos em áreas essenciais.
Enquanto a Justiça continua investigando os escândalos, a postura do deputado acende um alerta: até que ponto políticos envolvidos em suspeitas de corrupção continuarão moldando as leis do país em benefício próprio?
Por: Redação Caririensi
