A gestão do presidente da Câmara de Juazeiro, Capitão Vieira, enfrenta denúncias de suposta fraude ao regimento e omissão de documentos considerados essenciais para órgãos de fiscalização. O vereador Darlan Lobo (PRD) expressou insatisfação durante uma visita à sala de comissões da Câmara na última semana.
Segundo Darlan, a gestão de Capitão Vieira tem falhado em encaminhar documentos para autoridades competentes, incluindo o Ministério Público (MP). O vereador afirma que seu pedido para obtenção de um comprovante de envio de ofício ao MP, referente a uma investigação sobre as eleições da mesa diretora, foi ignorado pela Câmara.
No vídeo publicado por Darlan, ele narra o embate com o atual presidente e detalha o contexto de seu pedido: “Estou aqui solicitando principalmente ao diretor do legislativo o comprovante de envio de um documento que eu peço, ainda sobre as eleições da mesa.” A denúncia se refere à eleição em março de 2023 que, segundo Darlan, foi conduzida de forma irregular pelo então presidente interino, Raimundo Júnior, após o falecimento da vereadora Dra. Yanne Brena, presidente à época.
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Darlan explica que a eleição foi feita “às escondidas”, desrespeitando a Lei Orgânica do Município, o regimento interno e a Constituição. Segundo ele, o procedimento foi informado como uma sessão solene em homenagem à vereadora falecida, mas, ao invés disso, uma eleição foi realizada sem a presença de todos os vereadores. “Aproveitaram até esse momento de dor e fizeram a eleição às escondidas… A Câmara paga quase 150 mil em publicidade e não tem um repórter e ninguém da imprensa que foi publicizado”, desabafou o vereador.
O requerimento de Darlan, deliberado pelo plenário em 19 de setembro, pedia que o Ministério Público investigasse o que chamou de “eleições às escuras”. Entretanto, quase dois meses após a aprovação, Darlan alega que a gestão de Capitão Vieira ainda não enviou o documento ao MP. Segundo ele, essa omissão configura prevaricação, uma vez que a Câmara estaria “escondendo” informações e negando a ele a certidão que solicitou: “Estou aqui pedindo a certidão e estão negando… dizendo que não estão autorizados a me entregar.”
O vereador reforçou seu pedido ao Ministério Público para que sejam tomadas as “medidas cabíveis” contra o então presidente Raimundo Júnior e afirma que, até o momento, a gestão de Capitão Vieira não forneceu o protocolo do documento solicitado.
Por: Redação Caririensi