Veja imagens de como o amor se manifesta no cérebro

O amor, um sentimento universal, possui inúmeras formas de expressão. Seja no carinho por familiares, no romance entre parceiros, no amor-próprio ou até mesmo no apego a ideais, o amor se manifesta de maneiras variadas. No entanto, o que poucos sabiam até agora é que diferentes tipos de amor ativam áreas específicas do cérebro, de acordo com essa diversidade de sentimentos.

Pesquisadores da Universidade Aalto, na Finlândia, mapearam essas manifestações de amor no cérebro, descobrindo como elas estimulam atividades cerebrais de diferentes intensidades. Utilizando ressonâncias magnéticas, eles mediram a expressão dos sentimentos em voluntários e divulgaram suas conclusões na última segunda-feira, 26, na renomada revista científica Cerebral Cortex.

A pesquisa contou com a participação de 55 voluntários, sendo 29 mulheres e 26 homens, com idades entre 28 e 53 anos. Todos os participantes tinham pelo menos um filho e estavam em um relacionamento romântico no momento da pesquisa.

Durante os exames, os voluntários foram expostos a dois tipos de estímulos: histórias narradas que descreviam cenários de manifestação do amor, como um encontro com o parceiro ideal, e imagens ilustrativas de diferentes tipos de relações humanas.

Ao comparar as imagens obtidas das ressonâncias magnéticas, os cientistas descobriram que o amor pelos filhos gera a atividade cerebral mais intensa, seguido de perto pelo amor romântico. “No amor dos pais, houve uma ativação profunda no sistema de recompensa do cérebro, algo que não foi visto em outros tipos de afeto. Isso se manifestou em uma maior ativação dos sistemas de prazer e das áreas sociais do cérebro”, explicou Pärttyli Rinne, filósofo e líder da pesquisa, que investiga o mapeamento dos sentimentos no corpo humano há uma década.

Os pesquisadores também observaram que os estímulos sonoros provocavam respostas mais amplas no cérebro, resultando em mais conexões neurais em comparação às imagens.

Áreas do Cérebro Mais Ativadas Pelo Amor
Os resultados mostraram que o amor por pessoas, em geral, ativa as mesmas áreas cerebrais, ainda que em intensidades diferentes. Já o afeto por animais ou pela natureza tende a se manifestar em áreas associadas à visão. Interessantemente, para os participantes que eram pais de pets, as áreas cerebrais ativadas também estavam relacionadas a comportamentos sociais. Isso foi confirmado por meio de entrevistas realizadas posteriormente com os voluntários. Esses participantes se sentiram mais estimulados por fotos de seus animais de estimação do que por áudios narrando histórias de encontros com animais.

Em todos os casos, as regiões cerebrais mais ativadas pelos estímulos foram o córtex cingulado anterior (CCA), o pré-cúneo, o tálamo e o tronco cerebral.

As imagens capturadas pelas ressonâncias magnéticas durante o estudo revelam de forma como o amor se manifesta no cérebro humano. A pesquisa não apenas ilustra a complexidade do amor como sentimento, mas também destaca como nosso cérebro reage e se adapta a diferentes tipos de afeto, reforçando a ideia de que o amor, em todas as suas formas, é essencial para a experiência humana.

 

Por: Redação Caririensi

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