Os alimentos “fakes” ou “similares” – produtos que passam por mudanças na composição em relação aos originais – estão ganhando espaço nas prateleiras e na cesta de compras dos consumidores. Em meio à busca por alternativas mais econômicas, muitas pessoas optam por esses produtos, mas o alívio no bolso pode trazer consequências para a saúde, como alertam especialistas.
Para torná-los mais próximos aos “originais”, esses artigos recebem aditivos como amido, soro de leite e gordura vegetal. O objetivo é conferir ou modificar aroma, sabor e textura, muitas vezes simulando até o design das embalagens de referência. Exemplos comuns incluem a bebida láctea fermentada, similar ao iogurte, e a mistura láctea condensada, que imita o leite condensado.
A produção desses itens alternativos visa reduzir custos, o que implica no uso de materiais de qualidade inferior e processos de fabricação mais simples e menos rigorosos. “Em geral, essas práticas resultam em produtos que, apesar de mais acessíveis, podem ter um valor nutricional menor e, em alguns casos, oferecer riscos à saúde”, explica Marcella Garcez, médica nutróloga, professora e diretora do Departamento de Fitoterápicos e Nutracêuticos da Associação Brasileira de Nutrologia (ABRAN).
O consumo contínuo de alimentos com alta quantidade de aditivos e de baixa qualidade nutricional pode levar a uma série de problemas de saúde, incluindo desequilíbrios nutricionais e aumento do risco de doenças crônicas como obesidade, diabetes e hipertensão.
Por: Redação Caririensi