O ex-policial militar Flávio Alves Sabino, conhecido como Cabo Sabino, foi sentenciado a nove anos e quatro meses de reclusão pelo Conselho Permanente de Justiça Militar, por sua liderança no motim dos agentes de segurança no Ceará, em 2020.
A sentença inclui cinco anos e quatro meses de reclusão pelo crime de motim, dois anos de reclusão por aliciação para motim e revolta, e mais dois anos de reclusão por incitamento. Além disso, Cabo Sabino perdeu sua graduação de praça, teve os direitos políticos suspensos durante a condenação, e deve arcar com as custas processuais.
O motim liderado por Cabo Sabino teve como epicentro o 18º Batalhão, localizado no Bairro Antônio Bezerra. O movimento se estendeu por pelo menos 13 batalhões da capital cearense e do interior, envolvendo militares, familiares e simpatizantes.
A denúncia do Ministério Público apontou que, entre 18 de fevereiro e 1º de março de 2020, Cabo Sabino, mesmo na reserva remunerada da Polícia Militar, liderou o motim, aproveitando-se de seu prestígio entre parte da tropa. O Conselho considerou-o líder do movimento, devido à sua capacidade de influência, incluindo sua passagem como deputado estadual e federal, bem como presidente de associação.
Por: Redação Caririensi