Urna eletrônica inova e traz voz para eleitores com deficiência visual

Nas próximas eleições municipais, os eleitores brasileiros poderão contar com uma novidade nas urnas eletrônicas: uma voz sintetizada especialmente projetada para auxiliar pessoas com deficiência visual durante o processo de votação. Batizada de Letícia, essa nova voz é obra da cantora Sara Bentes, de Volta Redonda (RJ), que também nasceu com deficiência visual.

A voz Letícia estará presente em todos os modelos de urnas eletrônicas utilizados no primeiro turno, agendado para o dia 6 de outubro, e no segundo turno, marcado para 27 de outubro. Sua função é fornecer instruções básicas aos eleitores, desde o início do uso da urna até a seleção dos candidatos desejados. Ela informará o cargo em votação a cada momento, os números digitados e o nome do candidato escolhido.

De acordo com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ao entrar na seção eleitoral e se identificar, os eleitores com deficiência visual devem comunicar sua condição à equipe de mesárias e mesários. Eles serão habilitados para utilizar fones de ouvido que possibilitarão a escuta das orientações fornecidas pela voz Letícia durante sua permanência na cabine eleitoral.

O TSE destaca que a voz Letícia tem um caráter mais humano, natural e inteligível, o que promete melhorar a compreensão dos eleitores. Essa inovação tecnológica representa um avanço significativo em relação às urnas utilizadas entre 2000 e 2018, que apenas comunicavam o cargo em votação e os números das candidaturas, sem mencionar o nome dos concorrentes.

Essa melhoria na urna eletrônica atende a uma sugestão da Organização Nacional de Cegos do Brasil, apresentada em outubro de 2022 à Seção de Voto Informatizado do TSE.

Segurança

Apesar das discussões em torno da segurança do sistema eleitoral, é importante ressaltar que a urna eletrônica brasileira tem se mostrado um equipamento confiável ao longo dos anos. Em seus quase 30 anos de uso, desde sua implementação em 1996, a urna eletrônica nunca apresentou falhas ou vulnerabilidades a fraudes.

Essa confiabilidade é respaldada por dezenas de testes públicos de segurança, auditorias e verificações de resultados realizados por diversos órgãos e entidades, incluindo eleitores, partidos políticos, Ministério Público, Ordem dos Advogados do Brasil, Congresso Nacional, Supremo Tribunal Federal, Controladoria-Geral da União, Polícia Federal, Sociedade Brasileira de Computação, Conselho Federal de Engenharia e Agronomia, além dos departamentos de Tecnologia da Informação de universidades.

Por: Redação Caririensi

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