O número de casos em investigação no Ceará é baixo, equivalendo a apenas 0,3% do total de casos notificados
O Brasil enfrenta uma triste marca em 2024, ultrapassando 1 milhão de casos (prováveis e confirmados) de dengue, de acordo com os dados do Painel de Arboviroses do Ministério da Saúde divulgados na última quinta-feira, 29. Este número alarmante foi registrado nas primeiras oito semanas do ano.
No entanto, a realidade do Ceará contrasta com esse cenário nacional. Até segunda-feira, 26, o estado notificou apenas 3.146 casos de dengue, representando meros 0,3% dos registros nacionais.
Segundo dados do IntegraSUS da Secretaria de Saúde do Ceará (Sesa), desses casos notificados, 384 foram confirmados. O número de casos em investigação é baixo, equivalendo a apenas 0,3% do total de casos notificados. Além disso, houve uma redução significativa nos casos confirmados em relação ao ano anterior, indicando uma diminuição de 64,6%.
O secretário Executivo de Vigilância em Saúde da Sesa, Antonio Lima Neto, explicou que vários fatores contribuem para esse cenário atípico. Ele aponta que a expansão do mosquito Aedes aegypti para outros estados, relacionada ao aquecimento global, pode ser uma das causas dessa realidade no Ceará.
“Durante muitos anos, estivemos solitários nessa situação. O Nordeste era onde praticamente se tinha exclusivamente epidemia de dengue; às vezes, com Rio de Janeiro ou Goiás”, lembrou o secretário. Ele destacou que, nos últimos anos, a transmissão de dengue na região tem se mantido baixa em comparação com a série histórica, sendo mais evidente após a pandemia de Covid-19.
O combate à dengue depende da colaboração de todos os setores da sociedade. O Ministério da Saúde ressalta que cerca de 75% dos criadouros do mosquito transmissor estão nos domicílios, como em vasos e pratos de plantas, garrafas retornáveis, pingadeira, recipientes de degelo em geladeiras, bebedouros e materiais em depósitos de construção.
Por: Redação Caririensi