A a detecção precoce é vital para evitar complicações
O câncer de pênis, embora raro, é uma realidade que demanda atenção, alerta e cuidados. Representando apenas 2% de todos os cânceres que afetam os homens no Brasil, segundo dados do Ministério da Saúde, a condição torna-se mais prevalente em pacientes com 50 anos ou mais. Neste contexto, a detecção precoce é vital para evitar complicações, como a amputação parcial ou total do órgão, revelam informações do Sistema de Informações Hospitalares do Sistema Único de Saúde (SIS/SUS).
Causas e fatores de risco
O oncologista clínico Augusto Cesar de Andrade Mota, membro do Comitê de Tumores Geniturinários da Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC), destaca a fimose como um dos fatores de risco significativos. A condição, caracterizada pelo estreitamento da pele que recobre a glande, pode aumentar o risco de câncer de pênis em até 60%, de acordo com o especialista.
Além disso, infecções sexualmente transmissíveis, como HIV e HPV, também estão associadas ao desenvolvimento desse tipo de câncer. Estima-se que entre 45% e 80% dos casos tenham relação com o HPV. A má higienização do pênis, inflamações crônicas, tabagismo e condições socioeconômicas desfavoráveis também são fatores que elevam o risco.
Sintomas
Os sintomas iniciais do câncer de pênis podem passar despercebidos, mas à medida que o tumor avança, podem surgir feridas na pele, inchaço na glande, alterações na cor ou textura da pele e secreção branca.
Diante desses sinais, é crucial buscar atendimento médico, especialmente se as feridas persistirem por mais de duas a três semanas. O urologista é o especialista indicado para o diagnóstico e orientação do tratamento.
Diagnostico e tratamento
O diagnóstico do câncer de pênis é realizado por meio de biópsia da lesão suspeita. A detecção precoce é crucial para aumentar as chances de tratamento e cura. O tratamento pode variar desde medicações tópicas nos casos iniciais até cirurgias de ressecção superficial ou penectomia em estágios mais avançados. Em casos de disseminação, radioterapia e quimioterapia também podem ser necessárias.
Por: Redação Caririensi