O religioso é réu em dois inquéritos relacionados a acusações de estupro e crimes sexuais
Imagem: Reprodução/ Redes Sociais
O Padre Airton Freire, fundador da Fundação Terra de Arcoverde, foi concedido prisão domiciliar pelo Tribunal de Justiça de Pernambuco. A decisão ocorreu nesta quinta-feira, 24, após um julgamento de habeas corpus conduzido por três desembargadores da Câmara de Caruaru. O religioso é réu em dois inquéritos relacionados a acusações de estupro e crimes sexuais. Atualmente, Padre Airton encontra-se internado em um hospital no Recife, devido a problemas de saúde.
A defesa do padre, representada pelo advogado Marcelo Leal, afirmou que o sacerdote é inocente e enfrenta sérios problemas de saúde, alegando que ele corre risco elevado de morte caso permaneça na prisão. A decisão foi tomada com dois votos favoráveis e um contrário entre os desembargadores.
Padre Airton Freire, aos 67 anos, está hospitalizado desde 24 de julho no Real Hospital Português, após um episódio de hipertensão arterial enquanto estava detido preventivamente. Durante seu tempo no hospital, ele passou por duas cirurgias, incluindo a substituição de uma válvula aórtica e a implantação de um marca-passo.
O caso
As acusações contra o padre surgiram em maio de 2023, quando Silvia Tavares, uma personal stylist, denunciou ter sido estuprada por um motorista, Jailson Leonardo da Silva, supostamente a mando do Padre Airton. Ela alegou que o padre estava presente e se masturbava enquanto ocorria o abuso. O incidente teria acontecido em agosto de 2022. Em resposta às acusações, a igreja suspendeu Padre Airton de suas atividades religiosas.
O caso envolve outras vítimas além de Silvia Tavares. Um ex-funcionário do padre afirmou ter sido dopado e abusado, enquanto outra mulher afirmou ter sido vítima do religioso antes do incidente relatado por Silvia Tavares. Em julho, Padre Airton foi preso preventivamente em Arcoverde, e o Ministério Público informou sobre a existência de cinco inquéritos relacionados ao caso.
O Ministério Público acusou formalmente o padre e três funcionários, incluindo o motorista Jailson Leonardo da Silva e Landelino Rodrigues da Costa Filho, que era responsável pela filmagem e gravação das missas e eventos. A defesa do padre também protocolou um pedido de investigação por fraude processual contra Silvia Tavares, alegando manipulação de provas.
Por: Redação Caririensi