Aproximadamente 60% dos brasileiros não se engajam em atividades físicas durante o seu tempo livre
Imagem: Reprodução/ Redes Sociais
Um recente estudo realizado pela Universidade de São Paulo (USP) revelou uma preocupante realidade sobre o estilo de vida da população adulta no Brasil. De acordo com a pesquisa, publicada no dia 11 de agosto, aproximadamente 60% dos brasileiros não se engajam em atividades físicas durante o seu tempo livre, ficando aquém das recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS) para uma vida saudável.
A investigação se baseou na análise da Pesquisa Nacional de Saúde (PNS), conduzida pelo Ministério da Saúde em 2019 e que contou com a participação de 88.513 pessoas. Os resultados, obtidos por meio dos relatos dos próprios participantes, revelaram que a maioria da população mantém um estilo de vida sedentário, com um adicional alarmante: os brasileiros passam, em média, seis horas diárias utilizando dispositivos eletrônicos, como celulares, tablets, computadores ou televisão.
Contrapondo diretamente esses hábitos, a OMS estabelece a recomendação de pelo menos 150 minutos de atividades físicas semanais. Essas práticas, que incluem atividades acessíveis como caminhada, ciclismo, musculação e yoga, têm demonstrado em diversos estudos a capacidade de reduzir a incidência de doenças metabólicas (como diabetes e hipertensão), doenças cardíacas, câncer e problemas de saúde mental.
O epidemiologista Arão Oliveira, um dos pesquisadores responsáveis pelo estudo, ressalta que o cenário se agravou ainda mais após o início da pandemia. Embora as pesquisas nessa área ainda não sejam estatisticamente representativas, elas indicam uma tendência de queda no tempo dedicado às atividades físicas a partir de 2020.
Diante desse quadro preocupante, o estudo destaca a importância de ações de conscientização para a população sobre os benefícios das atividades físicas para a saúde. Os pesquisadores recomendam a implementação desses programas na rede de atenção primária, como postos de saúde, e enfatizam a necessidade de um aumento significativo nos investimentos públicos nessas iniciativas, visando a promoção do bem-estar e a prevenção de doenças.
Por: Redação Caririensi