Entenda a síndrome do filho do cantor Zé Vaqueiro que está internado na UTI

O cantor precisou cancelar a agenda de shows por causa da internação do bebê


Imagem: Reprodução/ Redes Sociais

Na quarta-feira, 26, o cantor Zé Vaqueiro usou as redes sociais para anunciar cancelamento da sua agenda de shows até o dia 17 de agosto após o nascimento de Arthur, seu filho caçula, diagnosticado com uma malformação congênita decorrente da síndrome da trissomia do cromossomo 13, conhecida também como síndrome de Patau.

No comunicado, o cantor informou que o bebê segue internado na UTI por causa da malformação. “Neste momento, a família necessita estar unida, cercada de amor e serenidade. Contamos com a compreensão de todos.”, diz um trecho do comunicado. Arthur é fruto do relacionamento com a esposa, a digitl influencer Ingra Soares, os dois já são pais de Daniel, 3 anos. A mãe já recebeu alta, porém o bebê segue internado, por ter nascido com a malformação em um órgão ou sistema completo.

Síndrome de Patau

A síndrome de Patau é uma doença genética caracterizada por um cromossomo a mais, o que causa problemas de má formação no rosto e nos membros e nos sistemas nervoso, cardíaco e urinário. “É uma doença genética rara, afeta cerca de um em cada quatro mil nascido vivos”, afirma a geneticista Cristiana Libardi, pesquisadora da Universidade de Fortaleza (Unifor).

O cromossomo é uma estrutura onde as moléculas de DNA estão condensadas e reunidas. Cada célula do corpo humano possui a “receita” do DNA dentro de si, “guardada” nos cromossomos. O número de cromossomos varia de espécie para espécie, mas seres humanos possuem, de modo geral, 46 cromossomos em cada célula, sendo 23 herdados do pai e 23 da mãe. A síndrome de Patau se caracteriza pela presença de um cromossomo 13 a mais.

É justamente no momento da replicação do DNA para dar origem a novas células que ocorrem falhas como a trissomia cromossômica que afeta o filho do cantor Zé Vaqueiro. “Essa falha pode ocorrer durante a divisão dos gametas [células reprodutivas] masculino ou feminino, em que em vez de os gametas irem com uma cópia de cada cromossomo, às vezes o gameta vai com uma cópia extra. Ou então há uma divisão errada durante o crescimento do embrião”, aponta Libardi.

Portanto, em vez de ter um par de cromossomos 13, os portadores da síndrome têm três cromossomos 13, por isso o nome trissomia. Desse modo, quem tem a Síndrome de Patau tem 47 cromossomos ao todo, e não 46.

Afetando o bebê e a gravidez

No bebê, a síndrome causa o nascimento a baixo do peso e uma série de alterações fisiológicas e malformações. Em alguns casos, pode haver microcefalia, malformações dos órgãos, problemas respiratórios, alterações nas faces e lábios leporinos.

Tratamento e prevenção

Não há um tratamento específico para o problema. Geralmente, é oferecido suporte para que a criança com o problema receba todo o conforto possível.

A síndrome costuma ser detectada ainda durante a gestação no NPIT, o teste de triagem pré-natal não invasivo, que detecta, entre outros problemas, a trissomia 13, que gera a síndrome de Patau. O exame é feito colhendo uma mostra do sangue materno por volta das 9 ou 10 semanas de gestação.

“Não é algo que os pais vão transmitir sempre, é algo que pode acontecer ao acaso. Agora o que a gente tem que fazer é acompanhar e identificar se na família não tem nenhum caso de alguma alteração cromossômica semelhante”, aponta a geneticista Cristiana Libardi.

Por: Redação Caririensi

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