Os dados foram apresentados pelo vereador Dr Victor Lacerda na sessão da Câmara
Imagens: Reprodução/ Redes Sociais
As denúncias envolvendo o JuáForró 2023 ganham mais versões. Na sessão desta terça-feira, 20, na Câmara Municipal, o vereador Dr Victor Lacerda (PSB) apresentou em seu tempo de fala na tribuna, uma série de provas a respeito de irregularidades no pregão e edital do JuáForró. Complementando assim o último pronunciamento sobre o tema em maio deste ano, quando fez requerimento a Secretaria da Cultura e de Finanças e procuradoria do Município, pedindo explicações a respeito da licitação com a empresa House 237.
O vereador questiona a rapidez na licitação, e faz uma explanação sobre a empresa que ganhou 5 dos 9 lotes do pregão homologado para todas as secretarias no valor de R$ 4.291.776,98. A empresa ENAJEH Empreendimentos e Serviços LTDA, contratada para serviços de locação de equipamentos, manutenção, montagem e desmontagem, apresentação de show artísticos, apoio logístico de feiras e eventos, segundo o parlamentar, teve como participante na empresa o proprietário da House 237.
Na apresentação dos documentos disponíveis no TCE (Tribunal de Contas do Estado), a empresa GM Serviços de Escritório e Apoio Administrativo Eireli também faz parte do pregão e tem dois lotes no valor de R$ 584.983,04, com início em 6 de junho e o total de 12 meses de vigência. Dr Victor se atentou para os fatos de que a duração do Juá forró é do dia 21 ao dia 25, 5 dias de festa, porém no edital assinado com um ano de vigência, tem especificando no item diárias, a quantidade 5.
Mostra também, que a empresa Certus projetos, Eventos e Publicidade Eireli contratou em 15 de junho o show da Banda Lagosta Bronzeada, que será realizado no próximo dia 22, pelo valor de R$ 100 mil. De acordo com o vereador, a empresa ganhará lucros sob as bandas contratadas e questiona o valor tão alto para uma banda regional.
Durante a fala do vereador Dr Victor, afirmou: “Avisamos dos problemas com o objetivo de alertar. O senhor [prefeito Gledson] diz que os vereadores fazem oposição por oposição, estou provando que o dinheiro de Juazeiro está mal aplicado, ou é muita coincidência junta, ou tem coisa errada aí”.
Sócio da empresa House 237 envolvido em corrupção
A empresa House 237 tem como sócio administrador o empresário Diego Marcondes Cartaxo Tavares, que é sócio em outras 3 empresas, uma delas responde um processo por improbidade administrativa, a DLA Comercial de Alimentos LTDA, sob acusação de superfaturamento de merenda escolar e conluio de empresas, também por ele administradas, na mesma licitação no município do Crato em 2016. Um trecho do documento da ação cível diz: “Existem nos autos provas bastantes de que de forma consciente Diego Marcondes atuou para frustrar a competitividade do certame e lucrar com o superfaturamento dos produtos licitados fornecidos a prefeitura do Crato”.
Há registros ainda que Diego Cartaxo em 2020, perdeu um processo de Perdas e Danos movido por Antônio Reginaldo Soares do Nascimento, após a venda de um maquinário de frigorífico e o espaço para açougue, em que os equipamentos foram vendidos sem funcionar e com uma dívida na Enel, de mais de R$ 45 mil que não foi informada no ato da venda. Diego foi condenado a pagar uma indenização de R$ 190 mil.
Imagem: Reprodução/ Redes Sociais
Preços abusivos e denúncias
Os vereadores Dr Victor Lacerda (PSD) e Janu (REPU) estiveram no Parque de eventos Padre Cícero nesta terça-feira, 20, sede do JuáForró recebendo denúncias dos preços abusivos das bebidas sendo vendidas com quase 50% do valor normal. Como exemplo, o whisky Black White no preço para os barraqueiros custou R$ 75,00, e preço para venda, R$ 120,00, o mesmo aconteceu com outras bebidas tipo Old Parr de R$190 sendo vendida por R$250,00 e Smirnoff 21 de R$60,00 por R$100,00. No final da noite, o parlamentar conseguiu
reduzir o preço de todos os itens para os barraqueiros.
O vereador Dr Victor informou que recebeu denúncia que uma senhora foi vítima de assédio por parte de um funcionário identificado apenas como Alonso, e que alguns barraqueiros reclamam que estão sendo ameaçados sobre a compra das bebidas.
E há informações não oficiais e não confirmadas que há funcionários da prefeitura e da empresa com barracas no parque de eventos.
Por: Redação Caririensi