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Por Sued Carvalho
Por todo o Brasil se organiza uma articulação por atos no aniversário de uma das maiores tragédias da História de nosso país, o golpe militar de 1964, o dia 01 de Abril. Partidos de esquerda como Unidade Popular pelo Socialismo, movimentos como o Correnteza, União da Juventude Rebelião (UJR), Movimento Luta de Classes (MLC), Movimento de Mulheres Olga Benário, etc. estão organizando plenárias e palestras explicando a importância da prisão do ex-presidente por todos os seus crimes contra a democracia e a classe trabalhadora brasileira.
Em Juazeiro do Norte a Unidade Popular pelo Socialismo (UP) vem realizando panfletagens nas ruas da cidade com material impresso que defende a punição para Bolsonaro e seus cúmplices, encontrando bom retorno da população, o que não é surpreendente, pois em nosso município Lula teve 76, 31% dos votos no 2º turno, enquanto o ex-presidente Bolsonaro reuniu 23,69%.
Os crimes de Bolsonaro na presidência, com apoio dos militares e de parte do empresariado brasileiro como vem se demonstrando, envolvem omissão durante o pior momento da crise de covid-19, experiências ilegais com imunidade de rebanho em Manaus, recomendação de remédios que comprovadamente não serviam para o tratamento do coronavírus, cumplicidade com garimpo ilegal que resultou em mortes e estado calamitoso para as comunidades Yanomami em Roraima e possível envolvimento com os ataques do dia 08 de Janeiro.
Na cidade de Juazeiro do Norte está sendo marcada uma plenária com presença do ex-candidato ao governo do Estado e militante de esquerda, Serley Leal, para explicar a importância dos atos se reproduzirem em nossa cidade. Tudo se encaminha para que tenhamos manifestações em nosso município no dia 01/04.
Os movimentos que reforçam a urgência da prisão de Bolsonaro afirmam que sua anistia pode incentivar outros quadros da extrema-direita a cometerem os mesmos crimes, assim como leva a uma perigosa impunidade para as forças armadas, que assumiram um papel abertamente contra a democracia e de desrespeito às eleições no ano de 2022.
O ex-presidente Jair Bolsonaro já é visto como carta fora do baralho para alguns quadros da própria extrema-direita, que se esforçam em herdar seu legado político, sendo a própria ex-primeira dama Michelle Bolsonaro cotada pelo Partido Liberal (PL) para concorrer à presidência em 2026.
A ameaça de um projeto de extrema-direita, autoritário e teocrático não sumiu com o fim do governo Bolsonaro. Pelo contrário. Portanto é vital ficarmos atentos e é urgente que Juazeiro do Norte faça sua parte na exigência por punição ao criminoso e genocida Jair Messias Bolsonaro!