De acordo com Marcos Gadelha, os números atuais não caracterizam nova fase da doença, mas que há riscos diante do volume de testes positivos
O secretário estadual da Saúde, Marcos Gadelha, afirmou à TV Verdes Mares nessa terça-feira (4) que o atual contexto epidemiológico da Covid-19 no Ceará aponta para uma “terceira onda” da doença tendo em vista o “aumento de casos” nos municípios.
Segundo dados do IntegraSus, o estado investiga 23.067 casos da doença em meio aos 957.498 confirmados desde o início da pandemia em 2020. Até agora, 24.823 morreram após complicações da doença, nenhuma delas nas últimas 24 horas.
A taxa de ocupação em leitos de Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) marca 37,85%, enquanto nas enfermarias o indicador está em 32,85%. Além disso, 46 pacientes seguem em atendimento nas Upas e outros 10 fazem uso de ventilação mecânica.
Embora esse cenário testes positivos, internações e mortes ainda não evidencie uma terceira onda, nas palavras de Marcos Gadelha, o secretário não descarta o “risco”.
“A gente não pode caracterizar, baseados nos números que a gente tem, que a gente está numa terceira onda. Mas que sinaliza para esse risco de poder ter a terceira onda, tendo em vista que está havendo um aumento de casos”, advertiu o titular da Sesa.
Repercussão na economia
Ainda conforme Gadelha, “da noite para o dia a gente pode, exponencialmente, aumentar o número de casos”. Isto potencializa a chance de uma nova onda da pandemia no estado, o que pode gerar ainda efeitos na flexibilização do comércio. A decisão de impor novas restrições, no entanto, passará por amplo debate no Comitê Científico.
“A decisão de se fazer isso tem impacto na economia e a economia também gera problema de saúde para as pessoas. Então essa decisão não é uma decisão fácil, e é uma decisão que não pode ser tomada individualmente, precisa ser uma decisão compartilhada com todos esses atores que influenciam no sistema de saúde”, disse o secretário.
Fonte: Diário do Nordeste