Em outubro, governo do Estado anunciou R$ 100 milhões de verba para realização de cirurgias eletivas
foto: Yago Albuquerque / Especial para O Povo
Pelo menos 6 mil cirurgias de média e alta complexidade foram realizadas no Ceará desde outubro, quando o Governo do Estado anunciou um plantão 24h na rede hospitalar estadual para acelerar a fila de espera por cirurgias eletivas. A meta do programa é zerar a fila de mais de 30 mil pessoas que aguardam por procedimentos cirúrgicos no Ceará – espera que aumentou durante a pandemia com a suspensão de cirurgias eletivas devido à sobrecarga dos hospitais com pacientes de Covid-19.
De acordo com o secretário da Saúde do Estado, Marcos Gadelha, a maioria dos procedimentos foi realizada no Hospital Leonardo Da Vinci, em Fortaleza. O local é o que mais tinha condições de aumentar o número de cirurgias, segundo o chefe da pasta.
“Mas ainda é muito pouco. Com a rede complementar, esse número vai aumentar bastante, principalmente quando isso começar a ser feito de forma descentralizada nos municípios”, afirma o secretário.
Das 30 mil cirurgias da fila de espera, 10 mil deverão ser feitas por entidades privadas ou filantrópicas contratadas pelo Estado para ajudar a desafogar a espera pelos procedimentos. A verba de R$ 100 milhões foi destinada para o objetivo de zerar a fila.
Gadelha explica que reuniões com prefeitos e gestores municipais de saúde foram feitas para que as redes do Interior utilizem os recursos disponíveis para contratar as cirurgias nas redes complementares. Também foi pedido que os municípios atualizem o cadastro dos pacientes que precisam das cirurgias no sistema de regulação estadual.
“A gente sabe que os hospitais da rede própria já estão sobrecarregados, existe um limite do que a gente pode aumentar”, diz Marcos. “Os municípios precisam mapear os prestadores e sensibilizar para aderir ao chamamento público e fazer as cirurgias de forma descentralizada”. O objetivo também é mobilizar a rede de hospitais do Interior para que os pacientes não precisem vir até Fortaleza.
Fonte: Jornal O Estado